segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Histórias Contadas em Primeira Mão


A brochura "Histórias contadas em primeira mão" resulta do trabalho desenvolvido pelos agrupamentos de escolas, no âmbito do projeto Todos Juntos Podemos Ler. Este projeto decorre de uma parceria entre a Rede de Bibliotecas Escolares, a Direção de Serviços de Educação Especial e Apoios Socioeducativos/ Direção-Geral da Educação e do Plano Nacional de Leitura. Conta com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação Portugal Telecom. O projeto Todos Juntos Podemos Ler surgiu com os seguintes objetivos: 
• Apoiar projetos de leitura inclusiva nas bibliotecas escolares (BE);
• Desenvolver boas práticas de promoção da leitura; 
• Promover a partilha de recursos e materiais pedagógicos inclusivos. O trabalho colaborativo entre os professores bibliotecários e os professores de educação especial, no qual se alicerça todo o projeto, permitiu responder com inovação e eficácia aos desafios lançados pela inclusão dos alunos com necessidades educativas especiais (NEE). O projeto, iniciado no ano letivo de 2011-2012, abrange 246 escolas de 72 agrupamentos de escolas, 99 professores bibliotecários, 390 professores de educação especial, 687 professores de várias áreas disciplinares e professores titulares de turma, 56 elementos das direções das escolas, 239 técnicos (terapeutas, psicólogos, assistentes operacionais) e cerca de 7000 alunos. Para a presente brochura foi selecionado um conjunto de projetos de diferentes regiões, públicos e contextos, pretendendo-se, assim, constituir uma pequena amostra dos projetos desenvolvidos. Agradecemos especialmente à Fundação Calouste Gulbenkian, que tornou possível a presente publicação, pelo apoio que deu ao projeto Formar e Inovar para Incluir, no âmbito da candidatura Educação Especial 2015, do Programa Gulbenkian Qualificação das Novas Gerações.
(Inf. Via RBE)
(Aqui mais inf.
 http://www.rbe.min-edu.pt/np4/file/1857/brochura_digital.pdf)

FAÇA LÁ UM POEMA - CONCURSO


Com intenção de incentivar o gosto pela leitura e pela escrita de poesia e no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Poesia, o Plano Nacional de Leitura, PNL, e a Fundação Centro Cultural de Belém, CCB, convidam todas as escolas do país, públicas e privadas, a participar no Concurso FAÇA LÁ UM POEMA, FLP, que decorrerá entre Dezembro de 2016 e Março de 2017.
O concurso FLP é dirigido aos alunos dos níveis de Ensino Básico e Secundário de todas as escolas (agrupadas e não agrupadas), do continente e ilhas.

Aqui toda a inf.
(http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/Concursos/index.php?s=concursos&tipo=1&concurso=100)

PALAVRAS E IDEIAS - CONCURSO

Este concurso procura desenvolver competências de leitura e de escrita, centrada na comunicação e na partilha de ideias. Tendo como mote comum ao Pré-escolar, 1º e 2º Ciclo a escolha de um livro, sugere-se o desenvolvimento de uma atividade que culmine na produção de um texto escrito e de um cartaz.
PROPOSTA
Convidam-se as turmas/grupos a desenvolver atividades colaborativas que persigam competências de leitura e de escrita, centradas no diálogo e na partilha de ideias.
Propõe-se que cada turma/grupo escolha um livro para leitura coletiva, sobre que incida a atividade especificada para cada nível de educação/ensino e de que resulte uma produção final em TEXTO + CARTAZ.
O desenvolvimento das atividades deve dar destaque à leitura em voz alta e em grupo, podendo ser incluída a participação de intervenientes externos (família, indivíduos ou grupos da comunidade), com vista a um maior dinamismo e interação.
Cada turma/grupo pode realizar vários trabalhos sobre o mesmo livro ou quaisquer outros à escolha, desde que respeitem a proposta de origem. Os trabalhos serão enviados para o PNL, para apreciação e seleção.
(Mais inf. em : 
http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/escolas/projectos.php?idTipoProjecto=100 )

Concurso Nacional Textos de Amor Manuel António Pina

Museu Nacional da Imprensa promove, a partir do dia 13 de fevereiro, o Concurso Nacional Textos de Amor Manuel António Pina, em homenagem ao jornalista e escritor vencedor do Prémio Camões 2012.

A iniciativa, especial para o Dia dos Namorados, prolonga-se até 19 de fevereiro (domingo) em busca de textos de amor originais. O melhor será premiado com uma viagem à Madeira para duas pessoas.

Durante a “semana dos namorados”, o Museu estará aberto à receção de textos especiais alusivos ao amor e os visitantes poderão imprimir, nos prelos-relíquia, poemas de diversos autores.

Dirigido aos cidadãos portugueses de qualquer idade, o concurso vai premiar os melhores textos concorrentes, em poesia ou prosa. Os prémios englobam viagens (à Madeira e cruzeiro no Douro), livros, jantares a dois e garrafas de vinho do Porto.

O Museu Nacional da Imprensa pretende, com esta iniciativa, estimular a revelação de novos autores, apelando à escrita de textos de caráter amoroso.

Os textos concorrentes devem ser registados num impresso próprio, disponível nas instalações do Museu e no  sítio oficial (www.museudaimprensa.pt), a partir do dia 13 de fevereiro.


Aqui mais inf.

(http://museudaimprensa.pt/sitemuseuwpress/wp-content/uploads/2017/01/ConcursoDeTextosDeAmor_MAPina_MNI2017_Regulamento.pdf)

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Escritores famosos também recolheram quadras de Janeiras, foi o caso de Vitorino Nemésio


Ó de casa, alta nobreza,
Mandai-nos abrir a porta,
Ponde a toalha na mesa
Com caldo quente da horta!

Teni, ferrinhos de prata,
Ao toque desta sanfona!
Trazemos ovos de prata
Fresquinhos, prá vossa dona.

Senhora dona de casa,
À ilharga do seu Joaquim,
Vermelha como uma brasa
E alva como um jasmim!

Vimos honrar a Jesus
Numas palhinhas deitado:
O candeio está sem luz
Numa arribana de gado.

Mas uma estrela dianteira
Arde no céu, que regala!
A palha ficou trigueira,
Os pastorinhos sem fala.

Dá-lhe calorzinho a vaca,
O carvoeiro uma murra,
A velha o que traz na saca,
Seus olho mansos a burra.

Já as janeiras vieram,
Os Reis estão a chegar,
Os anos amadurecem:
Estamos para durar!

Já lá vem Dom Melchior
Sentado no seu camelo
Cantar as loas de cor
Ao cair do caramelo.

O incenso, mirra e oiro,
Que cheirais e luzis tanto,
Não valeis aquele tesoiro
Do nosso Menino santo!

Abride a porta ao peregrino,
Que vem de num longe, à neve,
De ver nascer o Menino
Nas palhinhas do preseve.

Acabou-se esta cantiga,
Vamos agora à chacota:
Já enchemos a barriga,
Sigamos nossa derrota!

Rico vinho, santa broa
Calça o fraco, veste os nus!
Voltaremos a Lisboa
Pró ano, querendo Jesus

Muito antigas e populares

Boas noites, meus senhores,
Boas noites vimos dar,
Vimos pedir as Janeiras,
Se no-las quiserem dar.

Ano Novo, Ano Novo
Ano Novo, melhor ano,
Vimos cantar as Janeiras,
Como é de lei cada ano.

Vinde-nos dar as Janeiras,
Se no-las houverdes de dar,
Somos romeiros de longe,
Não podemos cá voltar

Postal antigo de Boas Festas dos CTT
(1940-1960)


Boas festas, boas festas
Nós aqui as vimos dar

Às senhoras desta casa
Se as quiserem aceitar.

O dia está alegre
Não vamos ficar cá fora
Venham-nos dar as Janeiras
Depressa e sem demora.

Ó minha rica senhora
Não tenha vergonha não
Ponha a mão na salgadeira
Puxe lá um chourição.

Ficámos agradecidos
Pela oferta recebida
Que tenham muita saúde 
E muitos anos de vida.





No entanto, há sempre alguém mais carrancudo que não recebe bem os janeireiros…
Esta casa é tão alta
É forrada de papelão
Aos senhores que cá moram
Deus lhe dê a salvação.
E aos que não abrem a porta canta-se uma canção a dizer que os janeireiros estão zangados, porque as pessoas não lhe abrem a porta. É assim:
Esta casa é tão alta
É forrada de madeira
Aos senhores que cá moram
Deus lhe dê uma caganeira.

Curiosidades sobre as Janeiras

Estes cânticos de Natal de rua, as janeiras, têm nomes diferentes e ocorrem em dias diferentes conforme os países. Alguns exemplos:
 - Na Grécia, no dia 24 de Dezembro, cantam-se as Kalandas.

Ilustração de Robert Neubecker

 - No Reino Unidos e nos Estados Unidos, no dia 26 de Dezembro cantam-se os Christmas Carols.

Ilustração de Mary Englebreit


- Em Portugal cantam-se as Janeiras a partir do dia 6 de Janeiro, Dia de Reis e, no mesmo dia, cantam-se em Espanha os Villancicos, geralmente acompanhados por pandeiretas e castanholas.

Ilustração Francois Ruyer


“Vamos cantar as janeiras...” de Zeca Afonso

A música de Zeca Afonso, intitulada «Natal dos Simples» que, como começa com a frase “vamos cantar as janeiras...” é entendida por alguns como se fosse música de Janeiras, embora não seja uma canção de folclore.


As Janeiras

Ilustração de Leandro Lamas

Cantar as Janeiras é uma tradição em Portugal que consiste no cantar de músicas pelas ruas por grupos de pessoas anunciando o nascimento de Jesus, desejando um feliz ano novo. Esses grupos vão de porta em porta, pedindo aos residentes as sobras das Festas Natalícias. Hoje em dia, essas “sobras” traduzem-se muitas vezes em dinheiro. Ocorrem em Janeiro, começando no dia 1 e estendendo-se até dia 6, Dia de Reis ou Epifania. Hoje em dia, muitos grupos (especialmente citadinos) prolongam o Cantar de Janeiras durante todo o mês. A tradição geral e mais acentuada, é que grupos de amigos ou vizinhos se juntem, com ou sem instrumentos (no caso de os haver são mais comuns os folclóricos: pandeireta, bombo, flauta, viola, etc.). Depois do grupo feito, e de distribuídas as letras e os instrumentos, vão cantar de porta em porta pela vizinhança. Terminada a canção numa casa, espera-se que os donos tragam as janeiras (castanhas, nozes, maçãs, chouriço, morcela, etc. Por comodismo, é hoje costume dar-se chocolates e dinheiro, embora não seja essa a tradição). No fim da caminhada, o grupo reúne-se e divide o resultado, ou então, comem todos juntos aquilo que receberam. As músicas utilizadas, são por norma já conhecidas, embora a letra seja diferente em cada terra. São músicas simples, habitualmente à volta de quadras simples que louvam o Menino Jesus, Nossa Senhora, São José e os moradores que contribuíram. Tipicamente havia também algumas quadras insultuosas reservadas para os moradores que não davam as janeiras. Nos últimos anos, celebrizou-se uma música de Zeca Afonso, intitulada «Natal dos Simples» que, como começa com a frase “vamos cantar as janeiras...” é entendida por alguns como se fosse música de Janeiras, embora não seja uma canção de folclore. 
(Inf. via: https://pt.wikipedia.org/wiki/Janeiras)