sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

O AMOR... e tradições

Painel da autoria da Prof. Prof. Teresa Vera Silva


Os Lenços dos Namorados 



Com origem no século XVIII, os Lenços dos Namorados (ou Lenços de Pedido) eram, segundo a tradição minhota, panos de linho ou de algodão alegremente bordados, com motivos florais, símbolos amorosos (coração, pássaros a voar, chaves, …) e mensagens em quadras num português arcaico, não raras vezes com erros ortográficos, evidenciando a falta de escolaridade das autoras.
Quem os bordava eram raparigas simples dos meios rurais da região do Minho, que declaravam o Amor através desta forma de código. Em finos panos de linho, tecidos por elas, ou em lenços de algodão comprados a feira, as raparigas bordavam-nos, com os cuidados que o palpitar do coração punha nas mãos.
Depois de bordado, secretamente, faziam chegar o lenço ao amado e se este o usasse em público era sinal que o amor era correspondido, começando assim o namoro, não poucas vezes, às escondidas..



História de São Valentim
A História conta que existem dois mártires com o nome de Valentim. Um deles, nasceu em 175, perto de Roma, onde foi consagrado bispo. Naquela época, Valentim lutou contra as ordens do imperador Cláudio II, que havia proibido o casamento durante as guerras, pois acreditava que os solteiros eram melhores combatentes.

Valentim continuou celebrando casamentos mesmo com as proibições. Mais tarde, foi descoberto, preso e condenado à morte, porém, enquanto estava preso, muitos jovens ofereciam-lhe flores e bilhetes dizendo que ainda acreditavam no amor.

Segundo a lenda, na prisão, Valentim ficou amigo da filha do carcereiro, que era cega, e a curou da cegueira.
Origem do Dia de São Valentim
A Igreja Católica decretou o Dia de São Valentim como Dia dos Namorados ainda durante o século V, com o intuito de incentivar os casais que pretendiam seguir com o matrimônio como uma forma "legítima" de constituir uma família.

A intenção da Igreja era substituir o tradicional festival romano Lupercalia - que consistia na veneração da deusa da fertilidade, e marcava o início da Primavera - pelo Dia de São Valentim. Assim, aos poucos, os povos da Europa começaram a substituir a celebração profana pelo dia do santo.

No entanto, no final do século XVIII a Igreja Católica retirou o Dia de São Valentim do calendário religioso, visto que não existiam provas históricas concretas da existência do santo. Apesar disso, a data permaneceu como uma celebração popular.

Atualmente, os restos mortais de São Valentim repousam na igreja de Santo Antão, em Madrid.






 

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