segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Escritaria, em Penafiel

O festival Escritaria terminou ontem, após vários dias com iniciativas culturais que assinalaram, no museu municipal e nas ruas e praças da cidade, a vida e a obra de Lídia Jorge.
A escritora Lídia Jorge defendeu esta tarde, no Escritaria, em Penafiel, onde está a ser homenageada, que "a cultura é uma porta fundamental" para se sair da crise.
"Neste momento de crise, toda a gente está a perceber que a cultura é uma porta fundamental para sairmos dela", disse, comentando ainda: "A cultura vive com o mínimo dos mínimos, mas sabemos que, a partir dela, multiplicando, faz os máximos dos máximos".
O festival Escritaria terminou esta tarde, após vários dias com iniciativas culturais que assinalaram, no museu municipal e nas ruas e praças da cidade, a vida e a obra de Lídia Jorge.
No encerramento, dirigindo-se ao escritor Mário de Carvalho, homenageado na edição de 2013, e que hoje participou num dos painéis, a escritora observou, a propósito do festival:
"Nós os dois estamos a desfrutar de momentos em que a realidade é muito consoladora".
Recordando os eventos que animaram a cidade desde quinta-feira, Lídia Jorge salientou uma frase sua que a organização colocou à entrada da biblioteca da cidade.
"Nunca imaginei que uma frase minha pudesse estar escrita no chão de uma biblioteca", comentou, emocionada.
No passeio, à entrada daquele equipamento público, pode ler-se: "Não há livros de instruções para salvar a vida, só a literatura se aproxima desse grande livro".
Segundo a escritora, trata-se de "uma frase de congregação de todos os que escrevem, editam e traduzem, aqueles que multiplicam a divulgação dos livros".
A concluir, deixou uma mensagem às dezenas de pessoas que assistiam ao momento de encerramento do Escritaria.
"Tenho uma grande ambição. Só quero ser uma cronista do tempo que passa, do meu tempo, do vosso tempo, do nosso tempo".

(Inf. via ionline.pt)

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