terça-feira, 15 de novembro de 2011

Uma opção para leitura orientada na sala de aula - 5º Ano

Sinopse:
Reedição de um clássico da literatura juvenil portuguesa cuja primeira edição data de 1926, na altura com ilustrações de Roque Gameiro, neste livro Jaime Cortesão combina a componente histórica com a maravilhosa, criando uma narrativa de aparência lendária, associada à descoberta das ilhas dos Açores e da Madeira. A presença de alusões a personagens referenciais e a factos históricos, como é o caso da reconquista cristã, de D. Afonso Henriques, do conde D. Henrique e dos «descobrimentos» portugueses, não inibe o seu cruzamento com uma certa ideia mítica acerca da génese da identidade nacional portuguesa, conotada com uma dimensão atlântica e marinheira dos portugueses que a narrativa recupera. A filiação marinha (e maravilhosa) do povo português explica o seu destino atlântico e descobridor e justifica, deste modo, o seu passado e o seu presente. As ilustrações, completamente diferentes das originais são igualmente interessantes. As aguarelas que pontuam o texto dão conta da ambiência marinha e até da dimensão épica da intriga, valorizando ambientes e heróis.
Texto de: Ana Margarida Ramos
Título: O Romance das Ilhas Encantadas
Autor: Jaime Cortesão
Editora: Vega


Sobre Jaime Cortesão
Nasceu em Cantanhede no ano de 1884 e faleceu aos 76 anos em Lisboa.
Estudou no Porto, em Coimbra e em Lisboa, vindo a formar-se em Medicina em 1909. Leccionou no Porto de 1911 a 1915, quando foi eleito deputado por aquela cidade. Em plena Primeira Guerra Mundial defendeu a participação do país no conflito, tendo participado como voluntário do Corpo Expedicionário Português, no posto de capitão-médico, tendo publicado as memórias dessa experiência.
Entregou-se às artes, ao ensino, à literatura e à política. Escritor (poeta, dramaturgo, contista, memorialista), colaborou na concretização de diversas publicações (A Águia, Renascença e Seara Nova). Participou activamente na conspiração que conduziu à implantação da República. Opôs-se tanto ao sidonismo como ao salazarismo, o que lhe valeu ser preso por diversas vezes e o conduziu ao exílio.

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